sexta-feira, 24 de junho de 2011

Em audição...

Esta semana estarei a degustar mais um album de fusão oriunda da terra do sol nascente e que se avisinha uma grande escolha para passar uns tempos no meu sistema... Pouco conhecida por estas bandas e conterranea da Hiromi Uehara, Kiyomi Otaka é um grande nome do jazz fusão.

Encontro-me neste preciso momento a ouvir o album intitulado Out of Sight de 2001, em que esta organista e compositora, conjuntamente com Dave Weckl e Gary Wills, tocam um jazz de alto calibre. Quaisquer expectativas em relação a este trio são dissipadas assim que ouvimos a primeira faixa, e escusado será dizer que Kiyomi Otaka é realmente uma referência no Hammond, até porque Kiyomi toca este instrumento desde os seus 6 anos de idade.


Vou decerto conhecer a discografia desta talentosa senhora.
Arigato!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sugestão da semana

Após algum tempo de ausência, fruto de umas merecidas micro férias, eis que de baterias carregadas vos deixo aqui uma sugestão fresca para as tardes solarengas que se avizinham... É certo que depois da lufada de ar fresco que o groove exalado dos pulmões da Mindi Abair coloca a fasquia muito alta e que a sugestão desta semana terá de ser digna de se ouvir...

Assim sendo e mantendo o mesmo nível de qualidade falo hoje de um grande musico muitas vezes esquecido e que inclusivamente teve um dueto com um dos grandes nomes da guitarra portuguesa do ultimo século.

Carlos Paredes foi acompanhado por este ilustre musico que já tocou com toda a gente no universo do jazz.

Norte-americano, nascido no Iowa a 6 de Agosto de 1937, Charlie Edward Haden, tornou-se especialmente conhecido pela sua colaboração com outro dinossauro do jazz de nome Ornette Coleman. No entanto, é também conhecido pela sua fraseologia melódica e é hoje um dos mais respeitados contrabaixistas. A título de curiosidade Charlie Haden nasceu numa família de músicos que actuava com frequência na rádio, com temas country e folk.

Haden estreou-se como cantor aos 2 anos de idade, e continuou até aos 15 mas uma forma ligeira de poliomielite danificou-lhe permanentemente as cordas vocais. Nasce o interesse no jazz e no contrabaixo do seu irmão. O trabalho que vos apresento tem a duração de 70 minutos (69:33 para ser preciso) mas são bem passados. À priori a junção entre Charlie Haden e Pat Metheny não parece ser das melhores, até porque Haden será sempre associado ao free jazz e Pat tem naturalmente uma sonoridade muito própria, mas felizmente estes músicos vão além das especulações.

Beyond the Missouri Sky é um album que nos leva para as pradarias do Texas, ao tempos de Tom Sawyer e Huckleberry Finn, para uma viagem entre os sonhos e a magia de um duo de cordas. Uma excelente gravação da Verve (DDD) que data de 1997. A descobrir... numa praia perto de si...