terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sugestão da semana

Estamos decididamente na semana dos pianistas... Esta semana tive mais um momento revivalista ao revisitar uma gravação das grandes obras de um dos maiores pianistas de todos os tempos... é emocionante ouvir um registo que será sem dúvida conhecido por muitos... Nascido a 8 de Maio de 1945 em Allentown, Pennsylvania, o pianista/ compositor americano que destaco, de ascendência húngaro-escocesa, é uma autoridade quer no jazz que na música classica, vulgo erúdita. Poucos conhecem esta faceta do músico mas o sax soprano e a bateria são também alguns dos seus instrumentos.

Deu o seu primeiro recital de piano aos 7 anos, que incluia já obras de Mozart, Bach e Beethoven. Na sua adolescência, cedo descobriu o jazz, e à medida que o seu interesse pelo jazz contemporaneo crescia, Dave Brubeck tornou-se uma referência. Em 1963 acabou a sua formação na Emmaus High School e mudou-se para Boston, para a Berklee College of Music. Após um ano de se ter mudado para Nova Iorque, Art Blakey contratou-o para tocar com os Jazz Messengers. Mais tarde com DeJohnette participou no Charles Lloyd Quartet e em 1969 começou a era Miles Davis...

Como Chick Corea ocupava o Fender Rhodes, Keith Jarrett tinha apenas um lugar disponivel, i.e., no orgão, e o concerto da Isle of Wight em 1970 mostra bem o seu génio na fusão e no experimentalismo, fruto de uma corrente de pensamento que a sociedade e a música viviam na altura... Muito se poderia dizer não só de Keith Jarrett, mas também da sua discografia, do seu feitio com rasgos de primadona... mas a sua genialidade ultrapassa quaisquer barreiras e permite ao ouvinte literalmente viajar para outra parte do universo... tem trabalhos a solo, em trio, jazz, clássica, you name it!

Mestre da improvisação, com uma destreza inconfundível e sem igual, o registo que deixo como sugestão condensa muito do génio que reside na mente e nos dedos de um dos maiores prodígios de sempre do jazz e da música em geral... apesar dos anos, The Koln Concert, é uma boa gravação da ECM, mas essencialmente é um registo, uma captação de um dos melhores momentos musicais da história...

Este discurso musical a solo é para ser ouvido do principio até ao fim. Sem palavras!
Volto a dizer emocionante!

Apenas como curiosidade fica aqui um excerto do concerto da Isle of Wight que faz parte de um documentário sobre, the one and only Miles Davis, onde todos os que privaram e que tiveram o privilégio de tocar com ele tecem algumas considerações, sobre a experiência que foi aprender com Miles...


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